domingo, 27 de maio de 2012

O JOGO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO OU ALINEAÇÃO?


“A liberdade de ação do jogador a separação do jogo em limites de espaço e tempo, a incerteza que predomina, o caráter improdutivo de não criar nem bens nem riquezas em suas regras” Sabe – se que existe hoje uma certa confusão com relação à natureza do jogo, seja ele fruto de uma prática social, fenômeno psicológico ou cultural. Às vezes o jogo surge na vida cotidiana como um fato positivo ou mesmo de caráter formador ou mesmo como expressão máxima de lazer determinante, da folga, da alienação e do próprio consumismo.

Nos dias de hoje é difícil uma criança de qualquer classe social, encontrar no convívio familiar uma vivência de alegria, de participação e de comunicação de afetividade. Muitas vezes os pais sobrecarregados pelos encargos do dia a dia e pelas preocupações, não têm forças ou coragem de estar ao redor de seus filhos para brincar com eles ou proporcionar-lhes divertimento sadio. Um muro de indiferença quando não um clima de hostilidade, parece levantar-se entre eles, e os filhos acabam perdendo a confiança afetuosa e as incompreensões são constantes.

Konrad Lorenz, em oito pecados mortais da civilização, afirma que a excessiva competição ou a corrida da humanidade cegaram o homem e todos os valores reais, tirando-lhe o tempo e a possibilidade de refletir sobre si e sobre sua verdadeira condição, afrouxando os sentimentos e os afetos mais profundos.
Como fruto dessa corrida desenfreada surge uma massa cansada descomprometida, sem nenhuma iniciativa para relacionar-se, recebendo passivamente tudo que lhe é imposto e comportando-se como se as razões exteriores fossem seus motivos internos da ação.

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